Z - Haverá vida depois da morte?
X- Depois pouco me interessa. O que me interessa é se há vida antes.
Z - Como assim?
X - Se for para morrer é para morrer em grande.
Z - Queres um funeral como o da irmã Lucia? Ou seres sepultado nos Jerónimos?
X - Não. Nada disso. Quero, quando morrer, que olhem para mim e digam: "Olha, ao menos divertiu-se" Não quero morrer no hospital, ligado as máquinas. Prefiro ser atropelado. Levar com um carro. PUM! E ficar logo ali...
Z - Eu preferia morrer em casa. Na cama. Perto dos meus...
X - Que deprimente. Nem sequer sabes morrer.
Z - É mais bonito assim.
X - Podes sempre escorregar e cair de uma ribanceira ao por-do-sol... Isso seria bonito.
Z -Parvo!
X - Eu não. Não quero morrer na cama, nem no ginásio, nem na consulta de check-up, nem na secção de legumes do supermercado. Para morrer, quero morrer estendido, em casa, sozinho, com o fato gasto, desarranjado e cheio de nódoas, jornais amarelos espalhados pelo chão, coberto de embalagens de fast-food, com um cigarro partido, meio aceso no canto da boca, dois cheiros de coca em cima da mesa e um copo de whisky na mão. Para quando me encontrarem dizerem "Bonito serviço que aqui está."
Z - Rica prenda que tu me saíste.
X - Ou isso.
2 comentários:
Genial!!!AO principio pensei que fosse de um filme do tarantino, depois de um livro do Jack Welsh, mas depois reparei que era do Xina, Xina, Xina, Xina.Acho que estou a ficar viciado.....FAZ MAIS!QUERO MAIS....acaba a merda da historia ouviste....se nao envio-te um virus em forma de comentario e seras conhecido como literatura de casa de banho...grande abraço e nao te esque ças de me dar a dose literaria.Ci vediamo.
divinal! morreria contigo na boa
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